A clonagem há muito que é aplicada nas plantas, mais recentemente em animais, e chegou agora a vez do homem se clonar a si próprio. O que preocupa a comunidade científica, não é o facto em si, mas a pouca eficácia dos métodos disponíveis. O pai da "Dolly", Ian Wilmut (Instituto de Roslin de Edimburgo) e o especialista na clonagem de ratos Rudolf Jaenisch do Instituto Whitehead de Pesquisas Biomédicas, afirmaram recentemente , que se forem aplicadas as técnicas disponíveis de clonagem, as raras crianças que sobreviverem terão fatalmente malformações, tais como insuficiências respiratórias e imunológicas, problemas cardiovasculares, malformações renais e deficiências mentais. Esta tem sido a regra nos mamíferos clonados, e nada indica que nos seres humanos seja diferente. A técnica da clonagem de mamíferos revela-se muito pouco eficaz em termos de sobrevivência dos embriões. A taxa de êxito registada nas cinco espécies de mamíferos até agora clonados oscila entre os 3% e os 5%. A clonagem humana, com fins "reprodutivos" ou "terapêuticos" ultrapassou desta forma a fase das especulações científicas, e em breve será uma realidade. Não faltam candidatos para realizarem as primeiras experiências. O desejo da fama sobrepõe-se à análise das consequências que delas possam resultar.